Em Schlenkerla

Dominikanerklause de 1310

Capela Dominicana com Abóbadas dos anos 1310
Usada antigamente pelos monges dominicanos para suas orações diárias. No decorrer da secularização, o local foi adquirido pelo Estado e posteriormente pela família Trum / Graser.

Em Bamberg, Schlenkerla é uma palavra mágica com muitos significados. Turistas vão escutar esta palavra vinda de taxistas ou recepcionistas de hotel mais tardar depois da sugestão de visitar a catedral. As três sílabas não remetem apenas à bonita construção de enxaimel com as cervejas frescas servidas direto dos barris de carvalho, elas tem um significado maior.

As alegrias de comer e beber bem também não encerram o seu significado. Para aqueles que preferem tomar a sua cerveja sozinhos, fica o aviso: A comunicação alegre e divertida é praticamente inevitável nestas mesas de pura madeira. As pessoas que não se sentem confortáveis em se relacionar com outras deixam esse sentimento do lado de fora ao subir os dois degraus para o paraíso da cerveja defumada na cidade antiga.

E isso tem tradição. A deliciosa especialidade marrom alegra os visitantes há mais de 300 anos e desamarra as suas línguas. Assim como antigamente religiosos, líderes e empresários se sentavam à mesa, hoje se encontram músicos e jardineiros para tomar os seus “Seidla” (meio litro de cerveja), e brindam com vereadores e artesões. A Schlenkerla Rauchbier Original iguala as classes sociais. Ela conecta desconhecidos com os locais. Mesmo as maiores rivalidades entre bávaros e prussianos se desmancham se transformam aqui em sentimentos de amizade e prazer.

Se a razão de vir é para um Frühschoppen, Brotzeit, almoço, lanche ou jantar, já dizia Goethe “tumulto divertido” de meninos e meninas das mais diversas origens. Aqui, o poeta do “Faust” poderia ter tido a idéia da frase “Este é o verdadeiro céu do povo, aqui eu sou gente, aqui eu posso ser quem eu realmente sou”. Em meio a conversas e risadas, que são irradiadas de mesa em mesa e que somem e ressurgem a todo instante, os rostos sérios formam pequenas ilhas.

Desde que a universidade surgiu em Bamberg, também surgiram na Schlenkerla, teoricamente, idéias que provocaram mudanças em todo o mundo e que criaram definições totalmente novas sobre Deus ou que mudaram os rumos da história. Nisso, os calouros são especialmente bons. Após o terceiro ou quarto “Seidla”, a seriedade científica é desmanchada. Isso também é Schlenkerla.

Quando a fachada enxaimel veste seu vestido de verão – as caixas com gerânios ressurgem o mais cedo possível – os arredores e o pátio voltam a ter vida. Na estação mais quente, os lugares do lado de fora ficam lotados da mesma forma que durante todo o ano ficam os ambientes internos Wirtstube, Dominikanerklause ou Bamberger Zimmer. Então não é raro encontrar um casal em trajes festivos vindos de uma apresentação musical sentados junto com uma família que acaba de voltar de um passeio matutino. A sede une todos. A Schlenkerla é o umbigo não apenas da cidade antiga, mas também de toda a cidade de Bamberg e arredores. As personalidades da cidade também vêem a Schlenkerla desta forma, pois elas guiam seus convidados de todas as origens frequentemente para ca com muito orgulho, pois sabem que aqui os visitantes são recebidos com muita alegria. Muitos já tentaram definir a Schlenkerla, mas não existe uma só definição que alegre a todos. Schlenkerla – isso precisa ser vivido para ser compreendido!

Schlenkerla outside sign

A placa Schlenkerla
Na placa se encontra a figura de Andreas Graser, o “Schlenkerla” original. Acima dele um leão azul para lembrar o nome da primeira família a quem pertenceu a cervejaria em 1405. Na frente a esquerda, um hexagrama, símbolo tradicional da cultura cervejeira dos francos, também chamada de estrela da cerveja. O ano de 1678 é referência da mais antiga lei da cerveja.